SESSÃO PIPOCA

Atlântico Negro – Na rota dos orixás
Direção: Renato Barbieri. 1998.


Este documentário apresenta um painel de escravatura no Brasil nos 350 anos que vão da primeira metade do século dezesseis à segunda metade do século dezenove. O filme, rodado no Brasil e em terras africanas, fala daqueles escravos que voltaram para a África depois da abolição, onde passaram a ser conhecidos como â os brasileiros â, cuja presença é marcante até hoje. Vários chefes tribais e historiadores de nomeada são entrevistados, destacando-se Alberto da Costa e Silva. Todos frisam a nescessidade de um diálogo cada vez mais estreito entre o Brasil e os países africanos com os quais ele tem afinidades históricas. O filme apresenta muitos aspectos das práticas religiosas, danças e festas seculares nos dois lados do Atlântico.
Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem de as raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.
Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.
Vista minha pele

Direção: Joel Zito Araújo. 2003.
Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Serve de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula.Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudo que tem pelo fatode sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.
Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a superação do padrão de beleza imposto pela mídia, onde só o negro é valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. O centro da história não é o concurso, mas a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais capacidade terá de convencer outros de sua chance de vencer.

Sarafina: o som da liberdade
Direção: Darrel Roodt. 1992.
Em pleno Apartheid, num escola de Soweto, em que o exército patrulha de armas e as crianças gritam “Libertem Mandela”, uma professora ensina história de forma censurável fugindo ao currículo aprovado pelo regime. Sarafina é uma aluna negra que relata a história sobre a forma de uma carta dirigida a Nelson Mandela e que, como tantos outros adolescentes, sente-se revoltada em face das injustiças do sistema. Um sistema que as incentiva a estudarem para terem uma hipótese de vida, mas que nunca lhe explica declaradamente que não terão uma hipótese de igualdade social.

Amistad
Direção: Steven Spielberg. 1997.
Baseado numa história real, o filme conta a incrível viagem de africanos escravizados que se apoderam do navio onde estavam aprisionados e tentam retornar à sua adorada terra natal. Quando o navio, La Amistad, é capturado, os africanos são levados aos Estados Unidos, acusados de assassinato e aguardam sua sentença na prisão. Inicia-se então uma contundente batalha, que chama a atenção de todo o país, questionando a própria finalidade do sistema judicial americano. Mas para aqueles homens e mulheres sob Julgamento, é uma luta pelo direito maior do ser humano: a liberdade.

Um Grito de Liberdade
Direção: Richard Attenborough. 1987.
Nos anos 1970, na África do Sul do apartheid, Donald Woods é um jornalista branco que conhece e se torna amigo de Stephen Biko, o importante militante pelos direitos dos negros. Quando Biko é morto na prisão, em 1977, Woods percebe a necessidade de divulgar a história do ativista, a perseguição que sofreu, a violência contra os negros, a crueldade do regime do apartheid. Mas ele e sua família também se tornam alvos do racismo, e precisam deixar o país às pressas. Determinado a fazer ouvir a mensagem de Biko, Woods embarca numa perigosa aventura para escapar da África do Sul e divulgar ao mundo a impressionante história de coragem de Biko. A fascinante história mostra as facetas da humanidade nas suas vertentes mais terríveis e mais heróicas.

A Negação do Brasil - O Negro na Telenovela Brasileira
Direção: Joel Zito de Araújo. 2000.
Documentário sobre tabus, preconceitos e estereótipos raciais. Uma história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela o produto de maior audiência no horário nobre da TV brasileira. O diretor, baseado em suas memórias, e em fortes evidências fornecidas por pesquisas, analisa a influência das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.)

Kiriku e a Feiticeira
Direção: Michel Ocelot. 1998. 
Numa aldeia do Senegal, na África, Kiriku nasce para lutar contra Karabá, a feiticeira do mal. No decorrer da história Kiriku, embora pequeno, é de grande valor salvando a todos da aldeia. Uma história cheia de ensinamentos que atravessam os séculos. O filme permite o diálogo com diferentes aspectos culturais africanos. Desperta no telespectador infantil, a curiosidade por elementos despercebidos de seu cotidiano. Permite ainda, a discussão sobre estigmas e estereótipos em relação ao negro/a e a cultura africana. Estes elementos dialogam com os temas cooperação, solidariedade e respeito às diferenças.

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A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO


Somos um grupo que possui como interesse comum a busca por conhecimento e que, graças à UFES, conseguiu se reunir no Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça.

A título de apresentação, deixamos uma reflexão de Boaventura Sousa Santos, que vem ao encontro do nosso pensamento sobre a desigualdade de gênero e raça.

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".




Grupo 02 - Polo de Bom Jesus do Norte-ES


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