A POESIA QUE NOS UNE

Estamos vivendo em um tempo em que é difícil  estabelecer uma hierarquia para a educação, visto que, esta, hoje em dia se colocou como a “lixeira” da sociedade. Embora o termo aqui utilizado seja um tanto pejorativo, assim mesmo eu utilizo, pois infelizmente os padrões atuais deixam a desejar em relação a uma visão fundamentada no tradicional e nos costumes, onde uma nação quer apenas cidadãos com uma visão torpe, cidadãos que possam dizer apenas “amém” a tudo que esta através de seus dirigentes impõe. 
 Nossas leis defendem em qualquer caso, os direitos dos alunos “futuros cidadãos” e não delega dever algum aos mesmos, tornando assim, uma liberdade sem limites que acaba por se tornar “libertinagem”.
Vivemos em um país do preconceito, é a era da defesa do preconceito. Defender-se de  algo, não significa elevar este mesmo, ou seja, dar maior ênfase a ele, mas sim entrar com o antídoto de combate, visto que na área da saúde para se fazer um remédio, muitas vezes usa-se a própria bactéria causadora para reagir contra aquele mau. O que quero enfatizar é que para a educação existem leis que na verdade transformam-na em um ambiente oposto ao que se pretende como o caso do preconceito de forma geral, que de tanto se enfatizar acabou se tornando um tabu, sendo assim, a educação seria um lugar de promoção e bem estar bem, onde deveríamos praticar a cultura em suas diversas formas, mas desde que implicância entre colegas de escola e o uso de pseudônimos viraram bullying, desde que a merenda é um dever público e o aluno tem que estar na escola para encher a barriga, desde que o poder público passou a promover que o aluno tem que estar na escola e que esta escola tem que oferecer recursos didáticos, humanos e alimentar, nossa vida educacional alcançou tendência decrescente, assim não se precisa ir a escola para conhecer as diversas culturas, mas sim para receber apenas os bens materiais que o poder público através de leis tem a obrigação de disponibilizar para cada criança na escola, não é mais preciso respeitar as pessoas que trabalham lá na escola, ao contrário disto, é preciso que as pessoas que trabalham na escola(servente, merendeira, orientador pedagógico, coordenador, professor e diretor) respeitem a criança matriculada, pois todos os direitos são exclusivos para o aluno e como dono majoritário do direito acaba por não conhecer os deveres e desta forma chega até a escola para detonar com todo o patrimônio público e com todo o pessoal que trabalha nas mesmas, deixando a cultura e o conhecimento para outras gerações, se podemos trabalhar preconceito social, de gênero ou de raça para por um fim no próprio preconceito, por que trabalhamos o preconceito enfatizando-o, sempre procuramos mostrar a uma pessoa que ela é vitima de um preconceito e nunca procuramos mostrar que ela, de repente foi agraciada de um sublime gesto de carinho, porém ainda existem casos que realmente são fatores advindos do preconceito mas somos mediadores e não juízes e muitas vezes lavamos as mãos em momentos errados, pois o que não passaria de uma brincadeira, as vezes permitimos que vire causa judicial.
 Sabemos que no fundo é isto que nossas leis promovem pois estão aí e acabam por formar cidadãos que recalcados à própria sorte, com dificuldades de convivência social e até consigo mesmo, pois os alunos que fazem este tipo de jogo imposto por leis que foram criadas para “ajudar” o pobre, acabam por se tornarem monstros na sociedade, já que quem não tem dever, não tem limite, podemos enxergar esta realidade em diversos ambientes desta enorme nação e, não será o pedido de uma presidente em se fazer um minuto de silêncio por um leite derramado (ou em função do fato ocorrido, o sangue de muitos inocentes) que irá mudar o quadro negro em que se encontra a nossa educação, mas sim de outra forma quando pensarmos em formar realmente cidadãos para tomar posse deste país, aí sim o quadro negro será apenas uma metáfora em nossa sociedade.
Conhecer Ferreira Gullar, Maria Bethania, Camões e tantos outros mais, que em seu tempo sofreram com injustiças, perseguições políticas ou pessoais, por defenderem uma bandeira ora social, ora pessoal, só se faz pertinente se nossa Educação voltar a ser transformadora, voltar a inserir em sua estrutura os deveres que devem fazer parte da Educação Moral do ser humano, já que a família quer entregar esta educação para a total responsabilidade da escola, o que na verdade é a família o verdadeiro responsável.
                                                                                   Por Elizabeth Corrêa Ribeiro
(Fragmento do texto apresentado como exigência da disciplina Seminário de Práticas Educativas VI – Licenciatura em Pedagogia – UNIRIO – Primeiro semestre de 2011.)

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A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO


Somos um grupo que possui como interesse comum a busca por conhecimento e que, graças à UFES, conseguiu se reunir no Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça.

A título de apresentação, deixamos uma reflexão de Boaventura Sousa Santos, que vem ao encontro do nosso pensamento sobre a desigualdade de gênero e raça.

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".




Grupo 02 - Polo de Bom Jesus do Norte-ES


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