O Módulo 3, nos mostra a importância das Políticas Públicas e Raça no contexto brasileiro, onde estudamos na Unidade 4, Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras: Uma Agenda Contra o Racismo que tem por objetivo mostrar como o preconceito e a discriminação racial permanece até os dias atuais.
“A FORMAÇÃO DO MODERNO MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL: DO INÍCIO DO SÉCULO XX AO ESTADO NOVO”:
Dentro deste contexto observamos que o Movimento Negro Brasileiro teve início no século XX quando surgiram os primeiros protestos contra o preconceito de cor. O que nos faz refletir que o racismo e o preconceito é o câncer da sociedade moderna.
A questão da luta do movimento negro perpassa décadas por reconhecimentos, por enfrentamentos públicos e pelas manifestações preconceituosas daquelas pessoas que impediram os/as descendentes de africanos/as exercem seus direitos sociais e civis.
É importante ressaltar que mesmo com o fim da escravidão no Brasil, o preconceito racial continuou principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho. Negros eram proibidos de freqüentar clubes, bailes, festas, somente a elite é que tinham o direito de freqüentar estes lugares.
Porém com a mobilização do movimento negro, as elites negras assumiram posições de direção na Frente Negra Brasileira garantindo a proteção social àqueles/as que estavam visivelmente desamparados/as, por razões nas quais o Estado não dispunha de um sistema universal capaz de atender a todos/as cidadãos.
Nota-se que o Estado sempre teve sua parcela de responsabilidade muda-se o governo, no entanto o discurso permanece o mesmo.
“A FORMAÇÃO DO MODERNO MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL: PÓS-ESTADO NOVO”.
No contexto desse artigo, como se sabe, o Movimento Negro se organizou publicamente após a construção do Estado Novo como forma de abolir qualquer tipo de discriminação racial.
Outro ponto positivo é que a partir dos meados dos anos de 1940, o regime político oferecia mais abertura para manifestações civis. Neste sentido o Teatro Experimental do Negro (TEN) desenvolveu um papel fundamental para a luta pela igualdade racial no Brasil, pois havia uma nova forma de representação dos negros.
A meu ver foi um período importante para o movimento dos negros porque os negros não queriam ser incluído por meio do embranquecimento social. Os negros lutavam por reconhecimento, pela valorização de sua identidade, principalmente mostrar a sua ancestralidade africana e fazer parte da vida política e econômica do País.
Depois dos anos 40, o movimento negro sofreu alguns retrocessos com a Ditadura Militar de Getúlio Vargas, porém a partir das décadas de 60 e 70 outros movimentos negros antirracismo foram surgindo e influenciado pela música, moda como forma de combater o preconceito e às desigualdades sociais.
“MULHERES NEGRAS EM MOVIMENTO: INTELECTUAIS, ORGANIZAÇÕES E PROJETOS POLÍTICOS”.
Este artigo tem por objetivo evidenciar a participação das mulheres negras no Movimento Negro, porém elas sempre encontraram obstáculos para ocupar posições de dirigentes nas organizações políticas negras.
Neste contexto analisamos as figuras de destaques e de representações negras que desempenharam papéis importantíssimos ao estudar a história da mulher negra em movimento que foram: Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) e Lélia Gonzalez (1945-1994).
Sabemos que foram duas intelectuais negras e historiadoras que se preocupavam com os problemas enfrentados pelos negros principalmente com a mulher negra ao reconstruir sua identidade considerando o longo período da escravidão e à estruturação das classes sociais no Brasil e do sistema de estratificação social. Este fato aconteceu devido à sintetização de uma corrente do pensamento político negro nas categorias elementares de raça, classe e sexo.
Historicamente, nota-se que os avanços sobre a discussão étnica- racial no que diz respeito as mulheres negras e indígenas que eram consideradas pelo sistema de denominação racial e por estarem na classe social mais desprivilegiadas seriam reconhecidas como a categoria mais exploradas.
“ORGANIZAÇÕES DE MULHERES NEGRAS: SUAS DEMANDAS, SEUS PROJETOS”.
Como se observa neste artigo foi no auge das mobilizações contra a ditadura e pela abertura democrática que apareceram os primeiros grupos organizados de mulheres negras.
Nesse caminho, as ativistas do movimento de mulheres negras procuraram sempre articular as esferas locais e globais de mobilização de recursos econômicos e políticos.
Uns dos conflitos que marcou a organização das mulheres negras como entidades autônomas ocorreram na ocasião da formação do Conselho Estadual da condição Feminina de São Paulo em 1984 que não teve nenhuma representação de mulheres negras.
Porém anos mais tarde o Conselho Estadual, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher foi criado em 1988 os que proporcionaram a presença das mulheres negras no qual foi possível diagnosticar a desigualdade racial e de gênero em diferentes instâncias da vida social.
Observamos que os setores que mais se identificou as desigualdades sociais e de gênero foram na área de educação, trabalho e política fato estes ocorridos devido ao longo período de subordinação da mulher.
Numa outra abordagem vimos que a importância do movimento de mulheres negras se fez verificar não apenas pelos impactos sobre as comunidades que gravitam no entorno de suas organizações ou Fórum Nacional de Mulheres Negras ou da Articulação de Mulheres Negras, mas principalmente suas experiências e ações habilitaram esses ativismos a desenvolver intervenções prepositivas em diferentes instâncias.
“A CONSTRUÇÃO DE AGENDA ANTIRRACISTA DO MOVIMENTO NEGRO CONTEMPORÂNEO”.
Neste artigo, evidencia, portanto a marca ideológica assumida pelo movimento negro contemporâneo que passou por características que mesclam a reivindicação por direitos civis e sociais e o reconhecimento cultural.
Observamos que as décadas de 1980 duas processos foram particularmente relevantes para a mobilização coletiva negra. O primeiro diz respeito aos eventos relativos ao Centenário da Abolição; O segundo refere-se à elaboração da Nova Constituição da República.
Como demonstra, o dia 13 de maio ao 20 de novembro, o movimento negro questiona a visão do Estado Brasileiro referente às relações raciais no Brasil e denunciava esse otimismo do estado, assinalando que a Lei Áurea teria ficado inconcluso.
Sabemos que independente da assinatura da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, os negros já estavam próximo de conseguir a sua liberdade, as manifestações negras neste sentido já estavam organizados para se libertarem, porém vendo que já não mais conseguiriam manter os negros como escravos a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Por esta razão o dia 13 de maio foi marcado por denuncia do racismo e da discriminação racial. O movimento negro tentava erigir sua bandeira em favor de 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares.
O dia 20 de novembro tornou-se feriado Nacional em homenagem a Zumbi dos Palmares, que foi quilombola, símbolo do herói negro na luta contra a escravidão no Brasil. Portanto o dia 20 de novembro tornou-se o Dia Nacional da Consciência Negra.
“O MOVIMENTO NEGRO E A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ: DAS LEIS À IMPLEMENTAÇÃO DOS DIREITOS”:
Neste artigo, vimos que o ponto alto da mobilização negra se fez representar no texto constitucional de 1988.
É importante ressaltar que as conquistas do movimento negro, na Nova Constituição, abriram uma agenda para o ativismo negro em ações de implementação de políticas direcionadas para a população negra.
Uns dos ideais coletivos do movimento negro é a reforma democrática em favor da igualdade de direitos e do pluralismo étnico-racial.
No nosso entendimento as Instituições Públicas e Privadas deverá acolher o negro sem qualquer tipo de discriminação promovendo a redução das desigualdades raciais nos diversos âmbitos da vida, principalmente incluindo no currículo escolar a história da África e dos/as afro-brasileiros/as, assim como fortalecimento das práticas culturais tradicionais associadas aos afros- brasileiros.
Outro aspecto significativo é o reconhecimento de que o Brasil e o Estado Brasileiro são racistas e que a sociedade é racista, porém a idéia que se tem do Brasil no restante do mundo que é um País onde não existem as desigualdades raciais. No entanto sabemos que o Brasil talvez seja uns dos Países mais racista do Universo.
Temos que reconhecer que durante a gestão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva duas Leis foram fundamentais no reconhecimento da importância do negro na construção e formação do povo brasileiro; A primeira foi a Lei 10639/2003, que institui o Ensino de História e Cultura da África e dos/as afro-brasileiros/as em todos os Estabelecimentos de Ensino do País; A segunda foi à criação da Secretaria para a Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) em 2003.
A meu ver foram dois pontos positivos durante a gestão do Presidente Lula que está proporcionando a diminuição das discriminações entre negros e brancos. Com a Criação da Secretaria para Promoção da Igualdade Racial fortaleceu a demanda da população negra nos movimentos sociais.
Considerações Finais:
O módulo 3, Unidade4 os textos problematizam o Movimento Negro e Movimento da Mulheres Negras: Uma Agenda Contra o Racismo. Todos os textos trazem no seu contexto a problematização do preconceito e discriminação racial onde o movimento das mulheres negras teve parte decisiva na construção de um ideário de uma nova sociedade.
Enquanto gestora a leitura destes textos me proporcionou momentos de adquirir conhecimentos refletindo sobre a verdadeira posição dos movimentos de mulheres negras e a importância da luta contra o preconceito e a discriminação racial no contexto educativo.
Em relação ao meu trabalho depois da leitura desta unidade, serviu para reforçar a minha postura enquanto gestora na promoção da igualdade racial trabalhando de forma igualitária.
Em relação à História da Cultura afro-brasileira já está inserido na nossa Proposta Pedagógica é trabalhada durante o ano letivo com culminância com o Dia da Consciência Negra onde trabalhamos com concurso da beleza negra representada pelos alunos da EMEF cel. Antonio Honório, danças africanas, comidas típicas, religiosidade dos africanos e afro-descendente pesquisas sobre as personalidades negras brasileiras.
Sônia Maria Severino da Silva.
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