DESIGUALDADES RACIAIS E REALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE DAS MUDANÇAS.


O Módulo3-POLÍTICAS PÚBLICAS E RAÇA, a Unidade 3- DESIGUALDADES RACIAIS SOCIOECONÔMICA: UMAS ANÁLISES DAS MUDANÇAS trataram de temas específicos na construção de um melhor entendimento no que diz respeito ao processo histórico realizado em nosso País.

“O TEMA DA DESIGUALDADE E DA ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL”:

Vimos neste contexto que do ponto de vista Político de acordo com TURNER (1979), as possibilidades de mudanças realmente profundas no quadro das desigualdades parecem ser limitadas no contexto do capitalismo moderno. A que nos leva a refletir que estes mecanismos se advêm da formulação familiar e de sua herança.
Hoje o Brasil tem milhões de pobre que vive com cerca de um salário mínimo e tantos outros vivendo a margem da linha da pobreza porque os recursos são insuficientes gerando desta forma a desigualdade social.
Porém reconhecemos que as Políticas Públicas nos últimos anos e os programas de transferência de renda, têm provocados avanços significativos na diminuição da pobreza.
A partir da visão da Antropóloga Verena stolcke, (1990), a naturalização das desigualdades sociais atua como forma de conciliar igualdade de oportunidade com desigualdade existente, na medida em que transfere para a natureza a explicação dessas desigualdades.
Concluímos que as desigualdades sociais estão relacionadas com os atributos individuais e que estão consolidadas nas desvantagens historicamente produzidas entre os grupos sociais, étnicos, raciais e de sexo.
“OS ESTUDOS SOBRE DESIGUALDADES RACIAIS”:
Este artigo tem por objetivo evidenciar os estudos sobre desigualdades raciais estabelecendo os limites entre raça, classe e status nas relações raciais e na reprodução das desigualdades sociais no Brasil.
Como se observa as pesquisas que surgiram no final da década de 1970 procuras enfatizarem que os fatores estruturais, como classe, não são suficientes para explicar toda a disparidade entre os grupos brancos, pretos e pardos no Brasil.
Outros fatores influenciaram na desigualdade social assim como: o racismo, a discriminação, a subordinação social dos negros, o analfabetismo contribuíram para esta triste realidade.
Segundo Lima (2008), os relatos de Carlos Hasenbalg, as décadas de 1980/1990 foram marcadas por uma intensa produção sobre desigualdades raciais nas mais diversas áreas. Estes estudos contribuíram de forma significativa para a construção de uma agenda de combate às desigualdades raciais que começaram a ser implantadas na segunda metade dos anos 90.
Com base neste artigo, os estudos sobre desigualdades raciais de acordo com alguns autores tiveram avanços significativos em alguns aspectos e retroagiram em outros. Mas sabemos que se tratando de desigualdades raciais os brasileiros negros estão expostos a desvantagens cumulativos durante o seu ciclo de vida passando de geração a geração, seja na questão de educação, mercado de trabalho, habitação, os negros estão abandonados à própria sorte.
“COR E PROCESSO DE REALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA: O QUADRO ATUAL DAS DESIGUALDADES RACIAIS NO BRASIL”:
Neste artigo serão apresentados os principais indicadores sociais que permitem uma análise da configuração das desigualdades raciais no Brasil.
Como demonstra as estatísticas sociais que têm sido usadas historicamente como mecanismo de gestão, controle e planejamento das sociedades nas áreas das finanças, da saúde pública, da assistência social, das políticas públicas.
Vimos que estas estatísticas são realizadas pelo IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que tem como objetivo coletar diversas informações demográficas e socioeconômicas sobre o Brasil. É através deste órgão do governo é que nos possibilitam saber quem somos quantos somos como vivem a população brasileira em termo da vida socioeconômico e da qualidade de vida.
Observamos que desde a PNAD de 2007, o IBGE registra o quantitativo da população corresponde à menor de cinqüenta por cento da população, o que significa que o País nas últimas décadas está constituído por negros, pardos este é um fator. Porém as concentrações de negros e pardos estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste o que faz aumentar as desigualdades raciais em relação às outras regiões.
Em relação à distribuição da renda familiar per capita tem na configuração das desigualdades sociais. Acreditamos que a exclusão da população negra no mercado de trabalho e a falta de oportunidades na educação são fatores determinantes para proferar as desigualdades sociais entre as classes.

“DESIGUALDADES RACIAIS: O QUADRO ATUAL NA EDUCAÇÃO”:
Como se observa neste artigo, o Brasil enfrentou muito tardiamente o problema dos baixos índices educacionais de sua população. A população brasileira cresceu proporcionalmente, no entanto o problema de escolaridade não acompanhou o crescimento do País, o que gerou problemas de desqualificação profissional apesar da taxa de analfabetismo e anos de estudo aponta uma pequena melhoria, mesmo assim as desigualdades sociais continuam presentes na vida das pessoas.
Compreendemos que quando um indivíduo freqüenta a escola, maior são as possibilidades e oportunidades de aumento de capital humano. Quanto mais tempo as pessoas permanecerem nos bancos escolares, mais chances terão de construir um futuro melhor.
Nota-se um forte aumento de estudantes negros e pardos no Ensino Superior, este fato ocorre devido às oportunidades que as pessoas têm de ingressar nos cursos à distância que oferece mecanismo de escolher os horários disponíveis para estudar.
Neste sentido as recentes políticas de inclusão têm produzidos efeitos positivos para diminuir as desigualdades sociais.
“DESIGUALDADES RACIAIS: O QUADRO ATUAL NO MERCADO DE TRABALHO”:
Com base nas estatísticas, observamos que a atuação do mercado de trabalho é visto como um grande gerador de desigualdades, tanto por segmentação, quanto por discriminação sexual e racial. Diante destas proporções o mercado de trabalho brasileiro é altamente heterogêneo, tanto em estrutura produtiva quanto em qualificação profissional, onde temos oferta de força de trabalho, porém baixa proteção social.
Estudamos nesta unidade que a relação existente entre a idade das pessoas e o mercado de trabalho é que determina quanto mais tarde as pessoas começar a trabalhar, os jovens terão mais qualificação profissional.
Outro fator que nos chamou a atenção é para o número de empregadas domésticas que trabalham com registro em carteira, a maioria delas vivem na informalidade, são mal remuneradas, expostas à discriminação por causa de sua raça, impedindo a acesso as profissões mais valorizadas. A cor da pele, a falta de oportunidade para estudar torna as empregadas domésticas desvalorizadas na profissão na qual escolheu por falta de alternativas.


“ARTICULANDO COR E SEXO E CLASSE: AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DAS MULHERES NEGRAS-EDUCAÇÃO”:
Os avanços significativos que as mulheres estão tendo ao longo do século XX, marcaram os seus rumos para este novo milênio principalmente no que diz respeito a mulher negra. No campo familiar, as mulheres vêm aumentando a sua participação como pessoas de referência domiciliar mesmo com a presença do cônjuge. O que significa que hoje mesmo a mulher tendo os seus afazeres domésticos ainda trabalha fora para ajudar no sustento da família e em contra partida os homens vem contribuindo bastante para esta transformação. Hoje é comum ver homens e mulheres dividindo tarefas domésticas como cuidar da casa e dos filhos.
Em relação à educação este panorama vem sofrendo transformações, o ingresso da mulher no Ensino Básico e no Ensino Superior é bem significativo.
Em síntese, a situação da mulher diante do mundo do trabalho ocorre devido à expansão educacional e a reestruturação desse mercado e os fatores que proporcionaram foi o processo de urbanização e industrialização ocorrida no País que permitiu a entrada de mulheres na força de trabalho brasileiro.
Para finalizar observamos que há fortes desigualdades de gênero acerca de realização educacional, sendo que asa mulheres encontra mais escolarizada do que os homens.
Porém em relação às desigualdades raciais o quadro permanece o mesmo, sendo que as mulheres representam um melhor desenvolvimento do que os homens e os homens brancos representam um melhor desempenho do que os negros.
“ARTICULANDO COR E SEXO E CLASSE: AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DAS MULHERES NEGRAS_ MERCADO DE TRABALHO”:
Nesta unidade vimos que a participação da mulher negra no mercado de trabalho e sua trajetória socioeconômica é resultado do intercruzamento das mudanças ocorridas na participação das mulheres no mundo do trabalho e á estagnação das desigualdades raciais.
A meu ver este fato se deu em decorrência ao grande número de mulheres negras no mercado de trabalho onde houve avanços em relação aos homens negros e retrocesso em relação ás mulheres brancas.
É importante ressaltar que há um forte contingente de mulheres pretas e pardas no serviço doméstico, enquanto que os homens negros estão fortemente concentrados na indústria tradicional e nos serviços gerais.
Sabemos que este fato ocorre devido à falta de oportunidades das mulheres negras, pardas e de homens negros em conseqüências do baixo nível educacional, histórico este resultado da escravidão no Brasil que submeteram homens e mulheres negras a serviços subalternos com pouco acesso á educação.
Outro fator que nos chamou a atenção é que recentemente o governo tentou regularizar o trabalho doméstico no País, mesmo com esta tentativa ainda continua alto o índice de trabalhadoras domésticas na informalidade e a maioria delas é negra ganhando um salário baixo para o sustento de sua família.
Para finalizar entendemos que as políticas públicas implementadas no Brasil em relação à transferência de renda como a bolsa família que atendeu a classe mais pobre da população e as políticas de inclusão no Ensino Superior onde possibilitou as pessoas  a ter um nível de escolaridade maior foi de fundamental importância, pois diminuiu as desigualdades sociais o que faz com que o País cresça e se desenvolve economicamente.
Sônia Maria Severino da Silva.












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A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO


Somos um grupo que possui como interesse comum a busca por conhecimento e que, graças à UFES, conseguiu se reunir no Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça.

A título de apresentação, deixamos uma reflexão de Boaventura Sousa Santos, que vem ao encontro do nosso pensamento sobre a desigualdade de gênero e raça.

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".




Grupo 02 - Polo de Bom Jesus do Norte-ES


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