Cicatrizes

Cicatrizes
(Ivaneti Nogueira)
Em meu corpo ainda trago as cicatrizes do passado
Em que naquele tempo a dor estava presente
Um tronco, um preso e o pé acorrentado
Chorava, gritava, gemia e a justiça era ausente!
Na vida... Fome, sede e frio foi o que passei
Por amor enlouqueci! Cheguei a pensar que ia morrer!
Me apaixonei! Embriagado no desejo eu me entreguei
Vi meu mundo cair e minhas lágrimas a correr
Em meu destino não tenho esperança, vejo escravidão!
Fui marcado a ferro! Escravo do amor e do preconceito!
No coração fiquei sozinho chorando junto a solidão!
Ainda recordo, tristemente... A cada sol que nascia
Meus dentes eram forçados a sorrir. Á noite a lua me vestia!
Hoje, ainda cansado, carrego nas mãos a carta de alforria!

1 comentários:

Anônimo 24 de novembro de 2011 às 01:22  

É muito bom encontrar esse poema que fala da razão social em todo o contexto da vida, onde resume o nascer viver e morrer...
Obrigado por postar
Abraços
Ivaneti

A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO


Somos um grupo que possui como interesse comum a busca por conhecimento e que, graças à UFES, conseguiu se reunir no Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça.

A título de apresentação, deixamos uma reflexão de Boaventura Sousa Santos, que vem ao encontro do nosso pensamento sobre a desigualdade de gênero e raça.

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".




Grupo 02 - Polo de Bom Jesus do Norte-ES


SUA OPINIÃO FAZ A DIFERENÇA!