Do que as mulheres Gostam???



                                                                                                Por Elizabeth Corrêa Ribeiro


É interessante este questionamento, onde procuramos resposta para o gosto das mulheres, mesmo sabendo que as mulheres têm  um gosto bem apurado e uma busca muito intensa renovada a cada dia para novas conquistas.
No estudo do segundo módulo do GPPGR – ES, focalizou-se com força a política de gênero que envolve a mulher tanto internacional como nacionalmente, pois entendemos que em uma política de gênero, mulher é mulher em qualquer lugar do mundo, embora tenha-se mencionado neste módulo o homem, a opção sexual que hoje tanto se discute: a “homofobia”; porém o que mais envolveu o estudo foram as conquistas femininas que ocorreram desde o meado do século XX, que vem modificando o cenário em favor da mulher ao longo dos tempos fazendo com que novos projetos se rascunhem e se desenvolvam nas mais diferentes camadas sociais enfatizando a igualdade de gênero que, para dar título a este trabalho usei  o mesmo título do filme de Mel Gibson, onde o ator se desdobra para entender as mulheres tentando incorporar uma mulher e fracassa, ao fracassar consegue dons que o permite ouvir o pensamento feminino. No desenrolar da trama fica visível que a mulher quer e gosta muito de conquistar seu espaço, de mostrar que pode tanto quanto qualquer homem, que seu papel social é muito importante e decisivo para decidir caminhos tanto na família, como no trabalho, na igreja, na comunidade religiosa a que faz parte, enfim, a mulher está para a vida como uma nova força que surge de igual valor ao homem.
Este tão falado e cogitado “sexo frágil” mostra-se muito mais forte do que o que os homens pretendiam que fosse. Nesta expectativa de sexo frágil e de ter apenas vida de dona de casa é que a mulher percebeu sua força, pois a tarefa árdua do cotidiano de uma casa em que o trabalho começa com o despertar e não termina nunca, os afazeres perpassam a rotina diária e uma dona de casa dá conta da casa, dos filhos, do marido e ainda consegue dar conta de trabalhos manuais para economizar nas despesas, tais como: costurar, bordar, fazer quitutes para as festas dos filhos, manter sempre uma planta bem cuidada em casa e ainda encontra tempo para novelas e compras. Por tantas tarefas sempre a tempo e a hora, a mulher chegou a um ideal de que podia um pouco mais e começou uma guerra em defesa de direitos para ter uma vida igual ao homem, sua luta é por trabalho e dignidade, já que quase sempre seu realce sempre foi apenas motorista de fogão, pois era só que permitiam que a mulher dirigissem.
Hoje, muitas vitórias e conquistas elevam o nível da mulher na sociedade, permitindo um pouco mais de consideração em sua vida em sociedade, mas ainda falta muito para que seja entendida a necessidade de igualar “homem e mulher” pois não estão em uma competição, mas precisam se entender “PARCEIROS”, ou seja, unidos serão mais fortes, serão  um só, serão UNOS, serão ÚNICOS, embora haja diferenças físicas, não devem haver diferenças intelectuais. Isso só se dará quando homem e mulher estiverem lutando para conquistar o princípio básico da igualdade que se chama: RESPEITO MÚTUO.
No filme aqui citado foi o “AMOR” que levou ao respeito mútuo, mas na vida é preciso de conquistar este respeito entre pessoas por que “Para que sua estrela brilhe não precisa que a minha se apague”...
Quero ainda citar aqui o que pensamento Talmud diz no começo desta etapa do blog:
 “Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as tuas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para der igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.”
                                                (Talmud)
Se por um lado, há muitas conquistas a festejar, por outro, há muito o que se fazer! A luta pela igualdade de gênero e pela diversidade sexual está acontecendo e se transformando a cada dia mais.(material didático- Módulo 2 – Identidade de Gênero e Orientação sexual - pag. 6 último parágrafo).
Deixo aqui minha opinião formada de que respeito é a base das relações humanas, havendo respeito não se necessita saber se é homem ou mulher mas sim que é um SER HUMANO.

 IBGE divulga informações sobre a Mulher no Mercado de Trabalho





A participação das mulheres no mercado de trabalho, seu perfil etário e educacional, o contingente feminino no setor público, a jornada de trabalho considerada a escolaridade, o percentual de mulheres que gostaria de trabalhar mais. Esses e outros pontos são levantados pelo IBGE no Dia Internacional da Mulher. O trabalho especial Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas tem como objetivo apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. As informações usadas provêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)2009, realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
35,5% das mulheres tinham carteira de trabalho assinada
Em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%. Já o percentual de mulheres empregadoras era de 3,6%, pouco mais da metade do percentual verificado na população masculina (7,0%).
61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo
Enquanto 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, ou seja, pelo menos o ensino médio completo, para os homens este percentual era de 53,2%. A parcela de mulheres ocupadas com nível superior completo era de 19,6%, também superior ao dos homens (14,2%). Por outro lado, nos grupos de menor escolaridade, a participação dos homens era superior a das mulheres.
Elas trabalharam 38,9 horas em média
Apesar de desde 2003 ter ocorrido uma redução de aproximadamente 36 minutos na diferença entre a média de horas trabalhadas por homens e mulheres, em 2009 as mulheres continuaram trabalhando, em média, menos que os homens. Cabe esclarecer que essa queda foi ocasionada pela redução na média de horas trabalhadas pelos homens. As mulheres, em 2009, trabalharam em média 38,9 horas, 4,6 horas a menos que os homens.
As mulheres trabalhavam menos que os homens em todos os grupamentos de atividade. Com a exceção das mulheres ocupadas em “Outros Serviços”, as demais atividades apresentaram aumento da média de horas trabalhadas para as mulheres. No grupamento “Administração Pública”, as mulheres trabalharam, em média, 36,4 horas semanais.
Em 2009, as mulheres com 8 a 10 anos de estudo foram as que declararam trabalhar mais horas semanais (39,4 horas). No entanto, aquelas com 11 anos ou mais de estudo foram as que apresentaram a menor diferença na média de horas trabalhadas em relação aos homens, 3,6 horas. Em 2003, esta diferença era de 4,4 horas.
As mulheres com 1 até 3 anos de estudo foram as que apresentaram a maior diferença (7,2 horas) na média de horas trabalhadas, quando comparadas aos homens. Tal realidade é similar à verificada em 2003, quando a diferença era de 7,3 horas.
O número de horas trabalhadas pelas mulheres que possuíam curso superior completo somente ultrapassava ao das que tinham até 3 anos de estudos.
Já as mulheres com 11 anos ou mais de estudo foram as únicas a aumentar a média de horas trabalhadas semanalmente, em todo o mercado de trabalho: de 38,8 horas em 2003 para 39,1 horas em 2009.
O rendimento continua sendo inferior ao dos homens
O rendimento de trabalho das mulheres, estimado em R$ 1.097,93, continua inferior ao dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual de rendimentos dos homens e das mulheres, verificou-se que as mulheres ganham em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.
Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do mesmo grupamento de atividade, a diferença entre os rendimentos persiste. Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina.
Verificou-se que nos diversos grupamentos de atividade econômica, a escolaridade de nível superior não aproxima os rendimentos recebidos por homens e mulheres. Pelo contrário, a diferença acentua-se: no caso do “Comércio”, por exemplo, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, ela é de R$ 1.653,70 para eles.
No entanto, no grupamento da Construção, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo têm rendimento ligeiramente superior ao dos homens com a mesma escolaridade: elas recebem, em média, R$ 2.007,80, contra R$ 1.917,20 dos homens.
Aumentou a escolaridade das mulheres que procuram trabalho
Em 2009, entre o 1,057 milhão de mulheres desocupadas e procurando por trabalho, 8,1% tinha nível superior. Houve aumento na escolaridade dessas mulheres, visto que em 2003, em média, 5,0% tinham nível superior. Esse crescimento resulta do aumento da escolaridade de uma forma geral.
O aumento da escolaridade também pode ser verificado em outros níveis. Em 2003, em média, 44,7% das mulheres desocupadas tinham 11 anos ou mais de estudo. Em 2009, essa proporção ultrapassou significativamente a metade da população (59,8%). Verificou-se que a população feminina desocupada é proporcionalmente mais escolarizada que a população feminina acima de 10 anos. Enquanto, em média, 81,2% da população feminina desocupada tinham oito anos ou mais de escolaridade, na população em idade ativa este percentual era de 61,1%.
Cresceu o percentual de mulheres adultas querendo trabalhar
A população feminina desocupada (1,057 milhão de mulheres, em 2009) está muito concentrada no grupo etário entre 25 e 49 anos de idade. Em 2003, as mulheres nesta faixa etária correspondiam a 49,3% da população feminina desocupada. Em 2009, elas já eram mais da metade: 54,2%.
O estudo Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas pode ser encontrado no seguinte endereço:
O estudo Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas pode ser encontrado no seguinte endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaultestudos.shtm
Para informações adicionais e entrevistas entre em contato com a Comunicação Social do IBGE, nos telefones– 21- 2142-4506/4651/0986/0985, fax -21-2142-0941, por email comunica@ibge.gov.br ou na Avenida Franklin Roosevelt, 166 – 9° andar – Centro – Rio de Janeiro.

A Mulher


A Mulher...

Inspiração para os poetas,
exemplos para os filhos,
orgulho para os pais.
A mulher sexo frágil! Será?
Mulher mãe, mulher filha, tia e avó,
amiga nas horas difíceis,
companheira sempre disposta.
Capaz de fazer coisas inimagináveis
pelos que ama e quando ama sabe demonstrar, 
com um brilho especial em seu olhar.
Procura mostrar seu valor,
mesmo que ninguém acredite luta por seus ideais,
quer seu espaço.
Foi-se o tempo em que a mulher era apenas “do lar”,
conquistou seu espaço no mundo antes liderado apenas pelos homens.
Com coragem e perseverança,
conquistou direitos,
mostrou a que veio e não parou.
Competente em tudo o que faz,
hoje pelo mundo há mulheres lideres,
governado países importantes como o nosso.
Mulheres, profissionais competentes,
corajosas, sonhadoras, amorosas,
frágeis e ao mesmo tempo fortes,
conquistando o mundo, provando seu valor.
Escrevendo suas historias a cada dia,
buscando sempre mais.
Em qualquer lugar do mundo,
acertando ou errando, mulher, sempre mulher.

de Isabel Godoy
Telêmaco Borba - PR - por correio eletrônico

Informação e saúde / Vida feminina

Menopausa: Cuidados que podem diminuir as pressões

A menopausa é um estágio natural da vida que todas as mulheres passam a partir de uma certa idade. Menopausa é quando os ovários deixam de funcionar, ou seja, quando eles deixam de produzir os hormônios estrógeno e progesterona. A principal característica da menopausa é a cessação da menstruação.

Climatério

O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período fértil para o não-reprodutivo. Um pouco antes da mulher entrar na menopausa, os níveis de estrogênio começam a diminuir e provocam mudanças no ciclo menstrual. Para muitas mulheres esse processo começa silenciosamente depois dos 40 anos — geralmente entre 45 e 55 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa.

Sintomas da Menopausa

A redução progressiva do estrogênio, que acontece na menopausa, promove efeitos profundos no organismo. Em muitos casos, essa deficiência de estrogênio gera diversos sintomas:
  • Ondas de calor
  • Diminuição do desejo sexual
  • Suor noturno
  • Ressecamento vaginal 
  • Irregularidade dos ciclos menstruais
  • Insônia
  • Irritabilidade
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio
  • Osteoporose (diminuição da quantidade de massa óssea — que torna os ossos frágeis e mais propensos às fraturas).

Dicas para Amenizar os Sintomas da Menopausa

Acabar com os incômodos que surgem no final do período fértil feminino não é mais sinônimo de riscos à saúde. Seguem algumas maneiras de se atenuar os sintomas da menopausa.

1. Reposição Hormonal

Vantagens da reposição hormonal

Menopausa
Uma boa terapia hormonal compensa a baixa nos hormônios, evitando transtornos físicos e psicológicos. A reposição hormonal é fundamental para a diminuição dos sintomas da menopausa. A base do tratamento é a reposição de estrogênio, que apresenta as seguintes vantagens:
  • Ajuda a equilibrar a produção e a reabsorção do tecido ósseo.
  • Fortalece os tecidos da parede vaginal e melhora a lubrificação.
  • Aumenta a elasticidade das paredes da uretra e a eficiência do sistema excretor.
  • Estimula a produção de colágeno, substância que dá elasticidade e viço.
  • Ajuda a manter a temperatura do corpo estável.
  • Melhora o sistema cardiovascular.

Desvantagens da reposição hormonal

  • Custo elevado do tratamento.
  • Tratamento prolongado.
  • Volta da menstruação e TPM em algumas mulheres.
  • Agravamento da possibilidade de câncer de mama em mulheres suscetíveis.
A Terapia de Reposição Hormonal nunca deve ser iniciada e abandonada sem supervisão médica. As vantagens da Terapia de Reposição Hormonal só são obtidas se seu uso for supervisionado e continuado.

2. Dieta

Existem alguns alimentos que podem melhorar consideravelmente os sintomas da menopausa:
Menopausa Proteína de Soja: A proteína de soja parece ser particularmente benéfica às mulheres devido ao seu conteúdo de isoflavonas. As isoflavonas são capazes de reduzir os sintomas da menopausa como ondas de calor, irritabilidade e desconforto.
MenopausaVitamina E: O efeito da vitamina E na redução dos sintomas da menopausa é comprovado. Muitos médicos sugerem que mulheres que estão atravessando a menopausa tomem 800 IU de vitamina E por dia por um período de teste de três meses, para ver se os sintomas se reduzem. Em caso positivo, a dosagem é continuada.
MenopausaCálcio: A suplementação diária com cálcio ajuda a reduzir dores de cabeça, irritabilidade, insônia e depressão relacionadas à menopausa. Além disso, deficiências de cálcio, que levam à osteoporose, são mais comuns em mulheres pós-menopausa. Osteoporose é uma condição séria caracterizada por ossos fracos. Diversos estudos já foram publicados confirmando que a suplementação com cálcio pode retardar ou até impedir o desenvolvimento da osteoporose. Por isso, cálcio é um dos suplementos mais consumidos por mulheres. O consumo desse suplemento é geralmente de 500 a 1500 mg por dia. 
Menopausa Linhaça: Ela ajuda a aliviar os sintomas da menopausa. É rica em ácidos graxos Ômega 3, sais minerais e vitaminas. A linhaça auxilia na regularização do intestino, tem ação antiinflamatória, aumenta a atividade do sistema imunológico, além de possuir uma substância que protege contra tumores de mamas, ovários e próstata.

3. Mudança no Estilo de Vida

Exercícios físicos: As mulheres sedentárias estão mais propensas a ter ondas de calor do que as mulheres que se exercitam.   Em um experimento, os sintomas da menopausa foram reduzidos imediatamente após o início da prática de exercícios aeróbicos.   
Parar de fumar: Fumar pode estar muito relacionado às ondas de calor em mulheres que estão passando pela menopausa. Estudos preliminares mostram que muitas das mulheres com ondas de calor são fumantes. Outro estudo mostra que grande parte das mulheres que buscam reposição hormonal são fumantes.

Informações disponível em: http://belezaesaude.dae.com.br/menopausa/

Elegia Desesperada

Vinicius de Moraes




Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde
E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...
Mas tende piedade também dos que andam de automóvel
Quantos enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.


Tende piedade das pequenas famílias suburbanas
E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos
Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam
E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina


Tende muita piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta
Que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina
Mas tende mais piedade ainda do impávido forte colosso do esporte
E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.


Tende imensa piedade dos músicos de cafés e de casas de chá
Que são virtuoses da própria tristeza e solidão
Mas tende piedade também dos que buscam o silêncio
E súbito se abate sobre eles uma ária da Tosca.


Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram
E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução
Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram
E tornam-se heróicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.


Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos
Quem em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão
E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão
Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe onde vão...


Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros
Que se efeminam por profissão mas são humildes nas suas carícias
Mas tende maior piedade ainda dos que cortam o cabelo:
Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus!


Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria
Quem lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos
Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo
Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus.


Tende piedade dos homens úteis como os dentistas
Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer
Mas tente mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia
Que muito eles gostariam de ser médicos, Senhor.


Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos
Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão
Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes
Fazei, Senhor, com que deles não saiam políticos também.


E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tenha piedade das mulheres
Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres
Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres
Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!


Tende piedade da moça feia que serve na vida
De casa, comida e roupa lavada da moça bonita
Mas tende mais piedade ainda da moça bonita
Que o homem molesta — que o homem não presta, não presta, meu Deus!


Tende piedade das moças pequenas das ruas transversais
Que de apoio na vida só têm Santa Janela da Consolação
E sonham exaltadas nos quartos humildes
Os olhos perdidos e o seio na mão.


Tende piedade da mulher no primeiro coito
Onde se cria a primeira alegria da Criação
E onde se consuma a tragédia dos anjos
E onde a morte encontra a vida em desintegração.


Tende piedade da mulher no instante do parto
Onde ela é como a água explodindo em convulsão
Onde ela é como a terra vomitando cólera
Onde ela é como a lua parindo desilusão.


Tende piedade das mulheres chamadas desquitadas
Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade
Mas tende piedade também das mulheres casadas
Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.


Tende piedade, Senhor, das mulheres chamadas vagabundas
Que são desgraçadas e são exploradas e são infecundas
Mas que vendem barato muito instante de esquecimento
E em paga o homem mata com a navalha, com o fogo, com o veneno.


Tende piedade, Senhor, das primeiras namoradas
De corpo hermético e coração patético
Que saem à rua felizes mas que sempre entram desgraçadas
Que se crêem vestidas mas que em verdade vivem nuas.


Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto alegria e serenidade.


Tende infinita piedade delas, Senhor, que são puras
Que são crianças e são trágicas e são belas
Que caminham ao sopro dos ventos e que pecam
E que têm a única emoção da vida nelas.


Tende piedade delas, Senhor, que uma me disse
Ter piedade de si mesma e da sua louca mocidade
E outra, à simples emoção do amor piedoso
Delirava e se desfazia em gozos de amor de carne.


Tende piedade delas, Senhor, que dentro delas
A vida fere mais fundo e mais fecundo
E o sexo está nelas, e o mundo está nelas                  
E a loucura reside nesse mundo.


Tende piedade, Senhor, das santas mulheres
Dos meninos velhos, dos homens humilhados — sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!

A poesia acima foi extraída do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág.73.

O mundo de hoje é travesti



Por Arnaldo Jabor

amizade O mundo de hoje é travesti   Arnaldo Jabor


Está rolando na internet um texto ridículo sobre “mulheres” atribuído a mim.
Sou uma besta, todos o sabem; mas, não chego a esse relincho lamentável do asno que o escreveu. Diz coisas como: “A mulher tem um cheirinho gostoso, elas sempre encontram um lugarzinho em nosso ombro.” Uma bosta, atribuída a mim. Toda hora um idiota me copia e joga na rede. Por isso, vou falar um pouco de mulher, eu que mal as entendo na vida. Não falarei das coxas e seios e bumbuns… Falo de uma aura mais fluida que as percorre.
Gosto do olhar de onça, parado, quando queremos seduzi-las, mesmo sinceramente, pois elas sabem que a sinceridade é volúvel, não perdura. Um sorriso de descrédito lhes baila na boca quando lhe fazemos galanteios, mas acreditam assim mesmo, porque elas querem ser amadas, muito mais que desejadas. Elas estão sempre fora da vida social, mesmo quando estão dentro.
Podem ser as maiores executivas, mas seu corpo lateja sob o tailleur e lá dentro os órgãos estranham a estatística e o negócio. Elas querem ser vestidas pelo amor. O amor para elas é um lugar onde se sentem seguras, protegidas.
O termômetro das mulheres é: “Estou sendo amada ou não? Esse bocejo, seu rosto entediado… será que ele me ama ainda?” A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, pára de nos amar. A mulher precisa do homem impalpável, impossível. As mulheres têm uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a justifica e engrandece, pois ela tem uma missão amorosa: quer que o homem a entenda, mas isso está fora de nosso alcance. A mulher pensa por metáforas.
O homem por metonímias. Entenderam? Claro que não. Digo melhor, a mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico sem fim, como a arte. O homem quer princípio, meio e fim. Não estou falando da mulher sociológica, nem contemporânea, nem política. Falo de um sétimo órgão que todas têm, de um “ponto g” da alma.
Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. Nada mais terrível que a mulher que cessa de te amar. Você vira um corpo sem órgãos, você vira também uma mulher abandonada.
Toda mulher é “Bovary”… e para serem amadas, instilam medo no coração do homem. Carinhosas, mas com perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos… ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas, curioso, a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada, não é corna. O homem corneado, carente, é feio de ver. A mulher enganada ganha ares de heroína, quase uma santidade. É uma fúria de Deus, é uma vingadora, é até suicida. Mas nunca corna. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena do corno. O ridículo do corno é que ele achava que a possuía. A mulher sabe que não tem nada, ela sabe que é um processo de manutenção permanente. O homem só vira homem quando é corneado.
A mulher não vira nada nunca. Nem nunca é corneada… pois está sempre se sentindo assim. Como no homossexualismo: a lésbica não é viado.
A mulher é poesia. O homem é prosa. Isso não quer dizer que a mulher seja do bem e o homem do mal. Não. Muita vez, seus abismos são venenosos, seu mistério nos mata. A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo “me come todinha”. Falam isso no motel, para nos animar. O homem é pornográfico; a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. Ela não sabe quem é. Mas elas também não querem ser opacas, obscuras. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe.
O masculino é certo; o feminino é insolúvel. O homem é espiritual e a mulher é corporal. A mulher é metafísica; homem é engenharia. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza. Ela vive buscando atingir a plenitude e essa luta contra o vazio justifica sua missão de entrega. Mesmo que essa “plenitude” seja um “living” bem decorado ou o perfeito funcionamento do lar. O amor exige coragem. E o homem… é mais covarde. O homem, quando conquista, acha que não tem mais de se esforçar e aí , dança…
A mulher é muito mais exilada das certezas da vida que o homem. Ela é mais profunda que nós. Ela vive mais desamparada e, no entanto, mais segura. A vida e a morte saem de seu ventre. Ela faz parte do grande mistério que nós vemos de fora, com o pauzinho inerme. Ela tem algo de essencial, tem algo a ver com as galáxias. Nós somos um apêndice.
Hoje em dia, as mulheres foram expulsas de seus ninhos de procriação, de sua sexualidade passiva, expectante e jogadas na obrigação do sexo ativo e masculino. A supergostosa é homem. É um travesti ao contrário. Alguns dizem que os homens erigiram seus poderes e instituições apenas para contrariar os poderes originais bem superiores da mulher.
As mulheres sofrem mais com o mal do mundo. Carregam o fardo da dor histórica e social, por serem mais sensíveis e mais fracas. Os homens, por serem fálicos, escamoteiam a depressão e a consciência da morte com obsessões bélicas, financeiras ou políticas. As mulheres agüentam firmes a dor incompreendida. O mundo está tão indeterminado que está ficando feminino, como uma mulher perdida: nunca está onde pensa estar. O mundo determinista se fracionou globalmente, como a mulher. Mas não é o mundo delicado, romântico e fértil da mulher; é um mundo feminino comandado por homens boçais. Talvez seja melhor dizer um mundo travesti. O mundo hoje é travesti.

Por Arnaldo Jabor
Publicado por: Mariana Treska, em 31 julho, 2011
Leia mais um texto de Arnaldo Jabor aqui no Poemas e Pensamentos.
Disponível em: http://www.poemasepensamentos.com.br/2011/07/o-mundo-de-hoje-e-travesti-arnaldo-jabor/

Minha sala de aula

Sou Elizabeth Corrêa Ribeiro,  sou professora, atuo na rede pública do município de Bom Jesus do Norte há quase 23 anos, dos quais os oito anos iniciais foram dedicados à Educação Infantil e o restante ao Ensino Fundamental no primeiro ciclo. Desde 1997 que trabalho com 5º ano de escolaridade. No momento, trabalho na Escola Municipal Cel. Antonio Honório, onde trabalho com a maior turma de 5º ano da rede municipal, são 26 alunos, que apresentam grande diversidade, mas que em qualquer lugar do mundo, eles têm o mesmo anseio: entender todas as mudanças hormonais que por consequência da puberdade/adolescência estão enfrentando e ao mesmo tempo aparecem conflitos que vão de encontro com suas vidas perante a realidade em que vivem.
Em nossa escola, procuramos definir os problemas que os alunos apresentam e tentamos solucionar se estiver em nosso alcance, caso contrário buscamos ajuda da família ou sté mesmo de profissionais que possam resolver tais problemas.
A escola em que trabalho atende às crianças do 1º ao 9º ano de escolaridade, sendo que so 1º ao 5º ano a escola oferece atendimento apenas no 2º turno (vespertino) e do 6º ao 9º ano apenas no 1º turno (matutino), desta forma minha turma é no 2º turno, é uma turma de 5º ano única na escola.  meus alunos têm entre 10 anos (maioria da turma) e 13 anos. Minhas alunas é a minoria na classe mas é a parte da turma que sabe a que veio, questiona, impulsiona, argumenta e transforma toda a turma, embora tenha meninas com muitos conflitos de identidade, assim como PK, que tem 11 anos e é uma moça que tem características de meninas mas tem conflitos pois não se sente amada por seus pais e por isto não dosta de si própria vivendo grandes confitos em função de querer substituir os carinhos paternos por caricias masculinas de atração física, desta forma quase foi violentada e ainda pensa que está apaixonada por seu "quase agressor" o que torna esta historia mais difícil é que a familia é bastante omissa, não participa das ações que podem ajudar a menina a entender tudo tem seu tempo, que o momento agora é a defesa de gênero que ela tem que internalizar e aprender para conseguir, no futuro, ainda rir de tudo que se passa agora.
Esta é uma pitada da diversidade que enfrento todos os dias dentro de minha sala de aula neste ano letivo de 2011. Meus alunos precisam do spoio que dispenso a eles que por ser assim compreendem que estão no caminho para dar um passo de cada vez.

Sessão Pipoca

 


1- Se Eu Fosse Você
Sinopse: Helena (Glória Pires) e Cláudio (Tony Ramos) são um casal como outro qualquer, que enfrenta brigas de vez em quando, mas que se amam. Ele é publicitário e ela, professora de música, e eles levam uma vida muito calma até que um fato completamente inusitado acontece. Após eles falaram a mesma coisa no mesmo instante, durante uma discussão, um fenômeno inexplicável acontece e eles acordam com seus corpos trocados. Helena agora é Cláudio e Cláudio agora é Helena. Eles procuram ajuda da divertida Dra. Cris (Patrícia Pillar), amiga de infância de Helena, para tentarem entender o que está acontencendo com eles. Além de ter que se acostumar com seus novos corpos, de ter que manter Bia (Lara Rodrigues), a filha, sem saber da situação, um ainda precisa aprender as tarefas que o outro tem em seu emprego, pois Cláudio tem um negócio muito importante de sua agência publicitária para fechar e Helena tem uma apresentação muito importante do seu coral para ensaiar.
Opinião:   Acho que o filme usa a opção gênero invertendo os papéis e quebrando tabus.
2- Divã
 Mercedes é uma mulher casada e com dois filhos que, aos 40 anos, tem a vida estabilizada. Um dia ela resolve, por curiosidade, procurar um analista. Aos poucos ela descobre facetas que desconhecia, tendo que contar com o marido Gustavo e a amiga Mônica para ajudá-la.
Opinião:  As dúvidas de uma mulher quarentona que já viveu uma vida padrão e quer buscar novos horizontes. Vale a pena assistir
3- Verônica (2008).
Muito parecido com o filme Gloria, estrelado por Sharon Stone e ao mesmo tempo uma história muito brasileira. Verônica (Andréa Beltrão, ótima) é uma professora primária que se vê às voltas com um menino rebelde, seu aluno, cujos pais foram assassinados na favela onde ele morava. Agora o menino está de posse de um pen-drive com segredos da polícia e, consequentemente sendo perseguido. Ela então decide proteger o menino da forma que for preciso
Opinião:   E você, o que faria no lugar de Verõnica?  Expandiria as paredes da sala de aula em defesa de um menino que espera por você? Ou de omitiria abafanda a defesa de novos horizontes?  Isto é uma questão de conquista de espaço social, e a mulher vem provando que é dona de seu espaço.

"DEPOIMENTOS DE MULHERES QUE SOFRERAM ESTUPRO ".



"Eu acho que existe violência de todo tipo. Acho que existe a discriminação muitas vezes, sabe? De você ser taxada como menos capaz. Existe aquela de casa, do marido, das mulheres que não têm um grau de instrução melhor, das mulheres que não trabalham, das mulheres que ficam em casa cuidando dos filhos. Do marido que bate, que aparece com outras na cara delas e elas não podem dizer nada porque são sustentadas por eles. E eles acham que a mulher está alí para servir de qualquer coisa, entendeu? Que eles podem falar qualquer coisa: que ela é isso, que ela é aquilo e que a mulher não pode fazer nada, entendeu? Eu acho que, por ser mulher, você ainda não pode sair sozinha. Eu estava conversando com um amigo meu, num bar, e duas mulheres estavam tomando umas cervejas, e ele disse: _olha lá: duas mulheres sozinhas numa mesa, estão esperando homem! Eu falei: qual é o problema de duas mulheres, numa sexta-feira à noite, estarem sentadas num bar? São duas amigas, tomando uma cerveja". Ele respondeu: _ que nada, quando você vê duas mulheres sozinhas, numa mesa, é porque tão esperando algum macho, alguma coisa desse tipo! Eu disse: menino! Como tu és machista, pelo amor de Deus! Quer dizer que um homem sentar numa mesa de bar sozinho é normal, mas a mulher, não? Ele respondeu: Não! (Adélia. Brasil, Ano 2000).

Promoção Social

Esse video fala sobre a desigualdade do gêreno baseado no seu papel social, pricipalmete com relação as diferenças entre o homems e mulhares, foi uma ideia retirada do youtube e utilizada para desenvolver um trabalho de faculdade e que, eu, particularmente achei INCRÍVEL!!!



Curta o vídeo pois vale a pena.

'Gravidez na adolescência".

A adolescência é uma fase bastante conturbada na maioria das vezes, em razão das descobertas, das ideias opostas às dos pais e irmãos, formação da identidade, fase na qual as conversas envolvem namoro, brincadeiras e tabus. É uma fase do desenvolvimento humano que está entre infância e a fase adulta. Muitas alterações são percebidas na fisiologia do organismo, nos pensamentos e nas atitudes desses jovens.

A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes para o período.

Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade.

O início da atividade sexual está relacionado ao contexto familiar, adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente e engravidam, na maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais. A queda dos comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de “ficar” em encontros eventuais, a não utilização de métodos contraceptivos, embora haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde públicos, seja por desconhecimento ou por tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia a atividade sexual infantil e juvenil cresça e consequentemente haja um aumento do número de gravidez na adolescência.

A gravidez precoce pode estar relacionada com diferentes fatores, desde estrutura familiar, formação psicológica e baixa autoestima. Por isso, o apoio da família é tão importante, pois a família é a base que poderá proporcionar compreensão, diálogo, segurança, afeto e auxílio para que tanto os adolescentes envolvidos quanto a criança que foi gerada se desenvolvam saudavelmente. Com o apoio da família, aborto e dificuldades de amamentação têm seus riscos diminuídos. Alterações na gestação envolvem diferentes alterações no organismo da jovem grávida e sintomas como depressão e humor podem piorar ou melhorar.

Para muitos destes jovens, não há perspectiva no futuro, não há planos de vida. Somado a isso, a falta de orientação sexual e de informações pertinentes, a mídia que passa aos jovens a intenção de sensualidade, libido, beleza e liberdade sexual, além da comum fase de fazer tudo por impulso, sem pensar nas consequências, aumenta ainda mais a incidência de gestação juvenil.

É muito importante que a adolescente faça o pré-natal para que possa compreender melhor o que está acontecendo com seu corpo, seu bebê, prevenir doenças e poder conversar abertamente com um profissional, sanando as dúvidas que atordoam e angustiam essas jovens.

Por Giorgia Lay-Ang
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
 

Igualdade de Gêneros

A igualdade de gêneros e a capacitação das mulheres têm contribuído muito para o crescimento econômico. Hoje, as mulheres ocupam cargos de chefia e direção em empresas. A sensibilidade e a empatia, características inerentes às mulheres, contribuem com o mundo público. Sugestões e críticas: opiniao@gleisi.com.br

Sessão Literatura


Descrição:
As crianças que apresentam nas suas brincadeiras condutas típicas do sexo oposto são motivo de preocupação por parte dos adultos e a ideia de que elas se tornarão indivíduos com escolhas sexuais diferenciadas, põe em causa os conceitos estabelecidos pela sociedade. De facto, quando isto acontece, torna-se importante descortinar se estes comportamentos são apenas exploratórios e passageiros, ou se reflectem problemas relacionados com o desenvolvimento da identidade de género da criança. Este livro procura, através de indicações preciosas sobre a cultura lúdica das crianças e as diferenças de género, esclarecer algumas dúvidas existentes no âmbito do desenvolvimento da criança e a influência de factores psicológicos, sociais e culturais relacionados com o jogo/brincar espontâneo. PAULA RODRIGUES, natural de Luanda, Angola, é mestre pela Escola Superior de Educação Física da Universidade do Rio Grande do Sul, Brasil, licenciada em Educação Física pela Faculdade de Ciências do Desporto e da Educação Física da Universidade do Porto e pós-graduada em Transtornos do desenvolvimento da infância e da adolescência pelo Centro Lydia Coriat, Porto Alegre, Brasil. Tem trabalhos publicados no Brasil e em Portugal. Atualmente é coordenadora do curso de PEB 2.° Ciclo - variante Educação Física da ESE Jean Piaget de Arcozelo."

Inquérito Nacional sobre Violência de Género: resultados

Violência de género

Entre 1995 e 2007, houve uma melhoria global na prevalência da violência contra as mulheres – a vitimação baixou de 48% para 38,1%, em Portugal Continental – e hoje as vítimas recorrem mais à participação policial, aos serviços de saúde e às redes sociais de apoio, ou ao divórcio. É este o resultado mais positivo do Inquérito Nacional sobre Violência de Género, um estudo coordenado pelo Professor Manuel Lisboa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Nova, divulgado quarta-feira, 18 de Junho (2008), na Reitoria da mesma Universidade.
Porém, apesar das melhorias, cerca de uma em cada três portuguesas ainda é vítima de violência, sendo que uma parte significativa das agressões ocorre na esfera da vida privada e os agressores são quase sempre os maridos, companheiros ou namorados (actuais ou passados). Isto mesmo em relação a actos de maior gravidade, hoje já puníveis por lei. Por exemplo, o estudo mostra que 68% das ameaças com armas de fogo (ou brancas) praticadas contra as mulheres ocorrem em casa. Local onde também são mais frequentes (98%) as agressões físicas (bofetadas, arranhões, pontapés), arremesso de objectos (100%) e as sovas (79%). Por outro lado, considerando os mesmos actos praticados em 1995 e 2007, nos 12 meses anteriores aos inquéritos, percebe-se que a violência, perpetrada em casa ou por familiares, afecta cerca de 55% das vítimas em ambos os estudos, para o mesmo período. Ou seja, passados 12 anos, a casa continua a ser o local menos seguro para estas mulheres. Um cenário que resulta principalmente de factores estruturais – associados à desigualdade de género –, os quais estão enraizados nas mentalidades e condutas de homens e mulheres e que são de mudança lenta. Uma dimensão estrutural que é, aliás, reforçada pela ausência de um perfil sociocultural e etário das vítimas. É que hoje – como há 12 anos – a violência atinge todos os estratos sociais e escalões etários. Por isso, os autores do estudo recomendam que se intervenha mais activamente na mudança de mentalidades, agindo ao nível da prevenção, começando pelos mais jovens, rapazes e raparigas.
A vitimação masculina
Mas, pela primeira vez no país – e terceira na Europa (depois da Irlanda e Alemanha) –, o Inquérito Nacional sobre Violência de Género (2007) examinou igualmente a vitimação masculina. E o que mostram os resultados? Que 42,5% dos homens (com 18 anos ou mais) dizem-se vítimas de agressões físicas, psicológicas e sexuais. À primeira vista, um valor surpreendente, especialmente, se o compararmos com os 38% da vitimação feminina. No entanto, um exame detalhado mostra que a violência exercida contra os homens é de natureza diferente da praticada contra as mulheres.
Na vitimação das mulheres predomina a desigualdade de género, sendo os homens do seio familiar os principais autores. Já quando as vítimas são do género masculino, os autores são sobretudo colegas de trabalho e desconhecidos, também eles homens. No caso da vitimação masculina, as únicas situações em que os autores de agressões fazem parte do universo familiar, dizem respeito a homens vítimas de «pressões no sentido de serem mais ambiciosos» e de agressões físicas através de sovas, em que os autores são sobretudo os pais.
Mas há mais diferenças. Nas mulheres, embora haja um aumento significativo da percentagem de vítimas que participam as agressões às forças policiais – em 1995, apenas 1% das mulheres o faziam –, ainda hoje a reacção mais frequente é «ir calando e não fazer nada». Já os homens lidam com as agressões reagindo violentamente ou contactando as forças policiais. Por exemplo, nos gritos e ameaças, ou nas ameaças com armas de fogo ou brancas, a probabilidade de os homens recorrerem à polícia é cinco vezes maior do que no caso das mulheres. A reacção «não fazer nada» corresponde sobretudo a actos de violência de pais para filhos, ou a alguma violência psicológica e sexual. Quer dizer, a vitimação dos homens inscreve-se na vitimação geral, praticada ao longo das várias etapas de vida. Neste caso, a haver uma componente de género, é no sentido do reforço dos estereótipos masculinos.
O trabalho de campo do Inquérito Nacional sobre Violência de Género – um estudo para a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género – foi efectuado em 2007 e incidiu sobre uma amostra de 2 mil pessoas, estatisticamente significativa para mulheres e homens com 18 anos ou mais, em Portugal Continental. O estudo foi realizado por uma equipa do Gabinete de Investigação em Sociologia Aplicada (SociNova)/Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa (CesNova), com coordenação do Professor Manuel Lisboa (FCSH-UNL).

Conteúdo disponível em:  http://www.unl.pt/investigacao/em-foco/violencia-de-genero-1

"Sexo X gênero".

Entre todas as diferenças que estão presentes nos alunos, algumas adquirem maior visibilidade e outras menos. Estamos acostumados a considerar as diferenças de classe social, etnia, aparência física, e muitas vezes não relevamos uma das diferenças marcantes para o ser humano: o ser homem ou ser mulher. Hoje em dia, diz-se "diferença de gênero" e não "diferença de sexo" como algum tempo atrás. Por que essa mudança na denominação dessas diferenças? 
Texto original: Yara Sayão e Silvio Duarte Bock
Edição: Equipe EducaRede

(Dezembro/2002)

"Mudanças nas relações de gênero".

Um exemplo concreto das mudanças ocorridas nas relações de gênero diz respeito à responsabilidade de homens e mulheres na reprodução. É claro que a gestação, parto e amamentação no seio são capacidades exclusivamente femininas. Porém, o cuidado das crianças não é exclusivo de mulheres. Essa mudança pode ser notada no cotidiano urbano com o aumento do número de pais (homens) que cuidam das crianças, ie, aliás, está representada num aspecto legal: no Brasil, além da "licença-maternidade", já existe também a "licença-paternidade". que garante uma semana para o pai cuidar dos filhos. Em alguns países europeus a legislação é mais avançada e a licença para cuidar do filho recém-nascido pode ser exercida tanto pela mãe como pelo pai da criança, ficando a cargo do casal decidir qual dos dois cuidará do bebê.                        
                                                                                                                           Hoje em dia os pais                                                                                                                                      curtem  mais os filhos.
Texto original: Yara Sayão e Silvio Duarte Bock

Edição: Equipe EducaRede

(Dezembro/2002)

GÊNERO E TRABALHO


CERIS
Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais
   
Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a mulher, em seu conjunto e com maior peso para as mais pobres, encontra-se ainda subordinada no processo produtivo além de ficar com a maior sobrecarga do trabalho doméstico, permanentemente desvalorizado. Em outras palavras, a desvalorização do trabalho produtivo feminino passa pela histórica desvalorização do chamado trabalho reprodutivo, aquele realizado exclusivamente pelas mulheres no âmbito doméstico, gerando uma visão distorcida e estereotipada do efetivo papel da mulher na esfera econômica, impossibilitando sua plena cidadania.
É reconhecidamente maior a participação da mulher no mercado de trabalho e, consequentemente, maior sua contribuição na geração de renda. Esse fato é no entanto ignorado e as barreiras culturais e legais impedem o acesso das mulheres à terra, ao capital e ao emprego, restringindo suas oportunidades econômicas.
Para uma ação transformadora das relações sociais de gênero no trabalho impõem-se, portanto, a necessidade de ampliação do próprio conceito de trabalho produtivo numa perspectiva de gênero, onde as atividades ditas reprodutivas também sejam devidamente consideradas como trabalho econômico-produtivo.
Enquanto não for reconhecida e valorizada a participação da mulher na esfera econômica, as políticas públicas continuarão sendo influenciadas por essa perspectiva desigual de gênero reforçando a exclusão das mulheres do acesso ao emprego, à participação em postos de direção, ao trabalho especializado e à remuneração.
Essa ruptura entre produção e reprodução, que é apenas uma das muitas questões presentes na relação gênero e trabalho, deve necessariamente ser considerada quando da construção e desenvolvimento de um plano de intervenção institucional a partir de uma abordagem transformadora de gênero.
 
Rio de Janeiro, junho de 1999

Gênero e sexualidade.


"Gênero e Sexualidade".
A perspectiva de gênero também está presente nas questões mais diretamente ligadas à sexualidade humana. Essa presença se manifesta nas relações cotidianas e na vivência da sexualidade. Sua explicitação pode contribuir para a busca de formas mais criativas nos relacionamentos sexuais e amorosos.

Existe grande expectativa familiar e social quanto ao comportamento da criança em função de seu sexo. Essas expectativas orientam o caminho que a criança percorrerá até tornar-se adulta e são um ponto de referência fundamental para a constituição psíquica e social do indivíduo. Tome-se como exemplo a discussão do tema da homossexualidade. Muitas vezes se atribui conotação homossexual a um comportamento ou atitude que é a expressão menos convencional de uma forma de ser homem ou mulher. Ela escapa aos estereótipos de gênero, tal como um menino mais delicado ou sensível ser chamado de "bicha" ou uma menina mais agressiva ser vista como "sapatona", atitudes essas discriminatórias.

Em cada período histórico e em cada cultura, algumas expressões do masculino e do feminino são dominantes e servem como referência ou modelo, mas isto não significa que devem ser tomadas como paradigmas. Podemos pensar que há tantas maneiras de ser homem ou mulher quantas são as pessoas. Cada um, apesar dos estereótipos de gênero, tem o seu jeito próprio de viver e expressar sua sexualidade. Isso precisa ser entendido e respeitado pelos jovens.

A discussão sobre as relações de gênero pode contribuir para que as pessoas se tornem mais conscientes das discriminações que sofrem e possam buscar caminhos novos e próprios neste sentido.

Texto original: Yara Sayão e Silvio Duarte Bock
Edição: Equipe EducaRede

(Dezembro/2002)


Gênero

GÊNERO: UMA QUESTÃO FEMININA?
Lúcia Cortes da Costa


Olá galera, gostaria de deixar bem claro que o meu objetivo é somente de informá-los(as) sobre o assunto, ressalto que o texto é de autoria de Lúcia Cortes da Costa.


Podemos começar nossa reflexão discutindo porque as questões relativas as mulheres são tratadas sob o termo de Gênero? O termo Gênero foi um conceito construído socialmente buscando compreender as relações estabelecidas entre os homens e as mulheres, os papéis que cada um assume na sociedade e as relações de poder estabelecidas entre eles.


No mundo onde vivemos existem três reinos: o reino animal, o reino vegetal e o reino mineral. No reino animal, os seres sexuados dividem-se em machos e fêmeas. As diferenças sexuais são baseadas nas diferenças biológicas. O organismo do macho é diferente do da fêmea. Essa diferença natural também marca o desenvolvimento da espécie humana.


Na espécie humana temos o ser masculino e o ser feminino. A reprodução da espécie humana só pode acontecer com a participação desses dois seres. Para perpetuar a espécie, os homens e as mulheres foram criando uma relação de convivência permanente e constante. Surgiu com o desenvolvimento da espécie humana, a sociedade humana.



A sociedade humana é histórica, muda conforme o padrão de desenvolvimento da produção, dos valores e normas sociais. Assim, desde que o homem começou a produzir seus alimentos, nas sociedade agrícolas do período neolítico (entre 8.000 a 4.000 anos atrás), começaram a definir papéis para os homens e para as mulheres.



Nas sociedades agrícolas já havia a divisão sexual do trabalho, marcada desde sempre pela capacidade reprodutora da mulher, o fato de gerar o filho e de amamentá-lo. O aprendizado da atividade de cuidar foi sendo desenvolvido como uma tarefa da mulher, embora ela também participasse do trabalho do cultivo e da criação de animais.

Surgem as sociedade humanas, divididas em clãs, em tribos e aldeias. Na fase pré-capitalista o modelo de família era multigeracional e todos trabalhavam numa mesma unidade econômica de produção. O mundo do trabalho e o mundo doméstico eram coincidentes.

A função de reprodutora da espécie, que cabe à mulher, favoreceu a sua subordinação ao homem. A mulher foi sendo considerada mais frágil e incapaz para assumir a direção e chefia do grupo familiar. O homem, associado a idéia de autoridade devido a sua força física e poder de mando, assumiu o poder dentro da sociedade. Assim, surgiram as sociedades patriarcais, fundadas no poder do homem, do chefe de família.

A idéia de posse dos bens e a garantia da herança dela para as gerações futuras, levou o homem a interessar-se pela paternidade. Assim, a sexualidade da mulher foi sendo cada vez mais submetida aos interesses do homem, tanto no repasse dos bens materiais, através da herança, como na reprodução da sua linhagem. A mulher passou a ser do homem, como forma dele perpetuar-se através da descendência. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem.

As sociedades patriarcais permaneceram ao longo dos tempos, mesmo na sociedade industrial. Porém, nas sociedades industriais o mundo do trabalho se divide do mundo doméstico. As famílias multigeracionais vão desaparecendo e forma-se a família nuclear (pai, mãe e filhos). Permanece o poder patriarcal na família, mas a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril. No século XVIII e XIX o abandono do lar pela mães que trabalhavam nas fábricas levou a sérias conseqüências para a vida das crianças. A desestruturação dos laços familiar, das camadas trabalhadoras e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho promíscuo fez crescer os conflitos sociais.
A revolução industrial incorporou o trabalho da mulher no mundo da fábrica, separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. A mulher foi incorporada subalternamente ao trabalho fabril. Em fases de ampliação da produção se incorporava a mão de obra feminina junto à masculina, nas fases de crise substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, porque o trabalho da mulher era mais barato. As lutas entre homens e mulheres trabalhadoras estão presentes em todo o processo da revolução industrial. Os homens substituídos pelas mulheres na produção fabril acusavam-nas de roubarem seus postos de trabalho. A luta contra o sistema capitalista de produção aparecia permeada pela questão de gênero. A questão de gênero colocava-se como um ponto de impasse na consciência de classe do trabalhador.

Assim, nasceu a luta das mulheres por melhores condições de trabalho. Já no século XIX havia movimento de mulheres reivindicando direitos trabalhistas, igualdade de jornada de trabalho para homens e mulheres e o direito de voto.

Ao ser incorporada ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado. As mulheres pobres sempre trabalharam. A remuneração do trabalho da mulher sempre foi inferior ao do homem. A dificuldade de cuidar da prole levou as mulheres a reivindicarem por escolas, creches e pelo direito da maternidade.

Na sociedade capitalista persistiu o argumento da diferença biológica como base para a desigualdade entre homens e mulheres. A mulheres eram vistas como menos capazes que os homens. Na sociedade capitalista o direito de propriedade passou a ser o ponto central, assim, a origem da prole passou a ser controlada de forma mais rigorosa, levando a desenvolver uma série de restrições a sexualidade da mulher. Cada vez mais o corpo da mulher pertencia ao homem, seu marido e senhor. O adultério era crime gravíssimo, pois colocava em perigo a legitimidade da prole como herdeira da propriedade do homem.

No século XX as mulheres começaram uma luta organizada em defesa de seus direitos. A luta das mulheres contra as formas de opressão a que eram submetidas foi denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol de melhorias na infra-estrutura social foi conhecida como movimento de mulheres. A luta feminina também tem divisões dentro dela. Os valores morais impostos às mulheres durante muito tempo, dificultaram a luta pelo direito de igualdade. As mulheres que assumiram o movimento feminista foram vistas como "mal amadas" e discriminadas pelos homens e também pelas mulheres que aceitavam o seu papel de submissas na sociedade patriarcal.

A luta feminina é uma busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre homens e mulheres e evoluir para a igualdade entre todos os homens, suprimindo as desigualdades de classe.

Após a década de 1940 cresceu a incorporação da força de trabalho feminina no mercado de trabalho, havendo uma diversificação do tipo de ocupações assumidas pelas mulheres. Porém, no Brasil, foi na década de 1970 que a mulher passou a ingressar de forma mais acentuada no mercado de trabalho. A mulher ainda ocupa as atividades relacionadas aos serviços de cuidar (nos hospitais, a maioria das mulheres são enfermeiras e atendentes, são professoras, educadoras em creches), serviços domésticos(ser doméstica), comerciárias e uma pequena parcela na indústria e na agricultura.

No final dos anos 1970 surgem movimentos sindicais e movimentos feministas no Brasil. A desigualdade de classe juntou os dois sexos na luta por melhores condições de vida. O movimento sindical começou a assumir a luta pelos direitos da mulher. Na década de 1980, quando nasceu a CUT, a bandeira das mulheres ganhou mais visibilidade dentro do movimento sindical. Surgiu na década de 1980 a Comissão Nacional da Mulher Trabalhadora, na CUT.

A luta pela democratização das relações de gênero persistiu e com a Constituição Federal de 1988 a mulher conquistou a igualdade jurídica. O homem deixou de ser o chefe da família e a mulher passou a ser considerada um ser tão capaz quanto o homem.

Na década de 1990, no Brasil, a classe trabalhadora enfrentou o problema da desestrutração do mercado de trabalho, da redução do salário e da precarização do emprego. As mulheres são as mais atingidas pela precarização do trabalho e pela gravidade da falta de investimentos em equipamentos sociais (creches, escolas, hospitais). Embora sejam mais empregáveis que os homens, isso decorre da persistente desigualdade da remuneração do trabalho da mulher. A mulher passou a ter um nível educacional igual e as vezes até superior ao do homem, porque como enfrenta o preconceito no mundo do trabalho, ela deve se mostrar mais preparada e com maior escolarização para ocupar cargos que ainda são subalternos.

Os critérios de contratação das mulheres no mundo do trabalho estão impregnados pela imagem da mulher construída pela mídia e colocada como padrão de beleza. O empregador ainda busca a moça de "boa aparência". Assim, as mulheres sofrem dupla pressão no mercado de trabalho, a exigência de qualificação profissional e da aparência física. O assédio sexual ainda é uma realidade para a mulher no mundo do trabalho, isso decorre da própria cultura patriarcal que foi colocando o homem como o senhor do corpo da mulher.

Apesar de tantas dificuldades as mulheres conquistaram um espaço de respeito dentro da sociedade. As relações ainda não são de igualdade e harmonia entre os gênero feminino e o masculino. O homem ainda atribui à mulher a dupla jornada, já que o lar é sua responsabilidade, mas muitos valores sobre as mulheres já estão mudando. O homem também está em conflito com o papel que foi construído socialmente para ele, hoje ser homem não é nada fácil, pois as mulheres passaram a exigir dele um novo comportamento que ele ainda está construindo.

Quando a igualdade de gênero se coloca, cresce o espaço da democracia dentro da espécie humana. A democratização efetiva da sociedade humana passa pela discussão das relações de gênero, neste sentido a luta das mulheres não está relacionada apenas aos seus interesses imediatos, mas aos interesses gerais da humanidade.

 
BIBLIOGRAFIA:

BESSA, Karla Adriana Martins (ORG). Trajetórias do Gênero, masculinidades... Cadernos PAGU. Núcleo de Estudos de Gênero. UNICAMP. Campinas, São Paulo. 1998.

MURARO, Rose Marie. Sexualidade da mulher brasileira. Corpo e Classe social no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 1983.
para maiores informações acessar o site http://www.uepg.br/nupes/Genero.htm

Pais Não revelam sexo de uma criança de dois anos e meio


E vocês, acreditam que esconder o gênero de uma criança é saudável?
Alguns pais decidem não querer saber o sexo da criança durante a gestação. Esperam pela hora do parto para descobrirem se é um menino ou uma menina. Um casal de 24 anos na Suécia levou esta prática além dessa realidade. Eles se recusam a dizer o sexo de sua criança , que já tem dois anos e meio de idade. “Queremos que Pop cresça com maior liberdade e que não seja forçado a um gênero que o/a moldará”, disse a mãe. Pop (um nome fictício para proteção da criança) usa vestidos e também calças masculinas e seu cabelo muda do estilo feminino para o masculino a cada manhã. Apesar de Pop saber as diferenças entre um menino e uma menina, os pais se recusam a adotar pronomes para chamar a criança. A controversa atitude do casal gerou um intenso debate no país.
O jornal sueco que entrevistou os pais, The Local, conversou com a pediatra sueca Anna Nodenström do Instituto Karolinska sobre os efeitos a longo prazo no comportamento da criança. “Afetará a criança, mas é difícil de dizer se fará mal a ela”, diz a pediatra. “Não sei o que os pais querem com isso, mas certamente ela será diferente”, completou. Anna ainda afirmou que quando Pop entrar na escola, se seu gênero ainda for desconhecido, ela chamará muito a atenção dos coleguinhas.
A psicóloga canadense Susan Pinker autora do livro The Sexual Paradox, também entrevistada pelo jornal sueco, disse que será difícil manter incógnito o sexo da criança por muito mais tempo. “As crianças são curiosas sobre suas identidades e tendem a gravitar em torno das de mesmo sexo no começo da infância”.
Pop logo ganhará um irmãozinho ou irmãzinha, porque a mãe está grávida. Ela afirmou que irão revelar o gênero “quando Pop quiser”.
"E vocês, acreditam que esconder o gêrnero de uma criança é saudável ?"

“Dia Mundial do Professor tem como tema a igualdade de gênero”.


Professores para a “igualdade de gênero” foi o tema escolhido este ano para celebrar o Dia Mundial dessa profissão, em que as mulheres são a maioria.
Estima-se que elas constituam 62% dos docentes em nível mundial, sendo que em alguns países, chegam a 99%.
O organismo pretende discutir a igualdade entre os professores do sexo masculino e feminino, as demandas de acesso para as garotas a uma educação de qualidade, além de destacar a contribuição dos professores e da educação na superação dos estereótipos de gênero.
“Vamos nos lembrar neste Dia Mundial do Professor que os professores são uma força poderosa para enfrentar as injustiças de gênero em todo o mundo, e que a igualdade de gênero não é simplesmente uma questão de mulher- é problema de todos”, afirma o Secretário-Geral Fred Van Leeuwen.
O dia Mundial do Professor é celebrado anualmente desde 1994. Seu objetivo é mobilizar apoio a políticas públicas a favor do fortalecimento das instituições educativas e de professores, especialmente de níveis primários e secundários.
Com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
Vermelho portal www.vermelho.org.br
5 de Outubro de 2011.




A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO


Somos um grupo que possui como interesse comum a busca por conhecimento e que, graças à UFES, conseguiu se reunir no Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça.

A título de apresentação, deixamos uma reflexão de Boaventura Sousa Santos, que vem ao encontro do nosso pensamento sobre a desigualdade de gênero e raça.

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".




Grupo 02 - Polo de Bom Jesus do Norte-ES


SUA OPINIÃO FAZ A DIFERENÇA!